"Eu não quero o teu corpo, eu não quero a tua alma, eu só quero uma parte nesse prazer, a parte que não me pertence..."
DOURADOS/MS: Há tempos uma minissérie não gerava tantos comentários e audiência, como vista em “Amores Roubados”. Quando estreou no dia 06 de janeiro, muitas pessoas estavam grudadas na tela da Globo, mais pela curiosidade sobre o fim do casamento do Cauã com a Grazi do que com a história em si. Misturando ficção com realidade.
Particularmente, o primeiro
capítulo me seduziu mais pela fotografia de Walter Carvalho, um cenário
belíssimo, cenas impressionantes de ação, diálogos inteligentes, trilha sonora inspiradíssima e pela Dira Paes dando show de sensualidade. Muita gente ficou pasma
ao vê-la totalmente despida enquanto o galanteador, Leandro, permanecia vestido
com uma camisa vermelha. Falha técnica, ou todo amante usa essa tática pra
fugir? Vai saber.
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Imagem: TV Globo |
Já outro internauta afirma na
página da Globo no facebook, que o final foi muito ruim, tudo estava indo bem
até a morte do "Jaime". Depois disso, só uma emenda de final,
deixando para o telespectador imaginar o que aconteceu com "João", a
mãe de Leandro, e como "Isabel" voltou etc.
Vejo que as pessoas querem mesmo
pão e circo, no meu ponto de vista “amores roubados”, além de um final
patético, criou um, não chamaria de anti-herói, mas um mocinho as avessas que
cativou o telespectador e que não estava de corpo presente do meio para o fim,
mas o tempo todo estava lá, cada suspiro, cada suor derramado, lá estava
nosso galã se fazendo presente.
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Imagem: TV Globo |
No livro Carneiro Vilela deixa
visível a frágil presença da autoridade pública na regulação da vida civil. Na
telinha vimos aquele sujeito que dita regra porque tem dinheiro. Mostrou-nos o
preconceito contra as mulheres que mesmo com tanto luxo, necessita de carinho,
atenção e independência.
Infelizmente a minissérie não foi
concebida para o grande público, que deseja qualidade, mas com “estórias” tipo
água com açúcar, com desfechos claros, sem incógnitas, que dê prazer sem
esforço. Nesse trabalho os autores, fizeram o telespectador pensar. É assim com
os livros. A gente lê e faz uma analogia com a vida real.
Essa é uma história, praticamente
desconhecida da nova geração, o romance de Carneiro Vilela, baseia-se numa
lenda urbana centenária no Recife, a da jovem desonrada, que foi emparedada
viva pelo pai, e serviu de desculpa para descortinar uma sociedade rígida,
hierárquica e hipócrita nos meados do século XIX.
Entretanto, mesmo com um fim
indesejado por muitos, nada apaga o inspirado trabalho de todos os envolvidos,
principalmente da belíssima direção de José Luiz Villamarim que deu vida a um história rica de elementos que nos faz
pensar, que o amor e o ódio estão separados por uma linha tênue da
normatividade de uma sociedade hipócrita.
tecnicamente, foi ultra real, melhor trabalho da globo, a história foi foda, fique com medo de um final aparecer o Leandro vivo surpreendendo a todos e tals, acho que só faltou poesia nesse ultimo episódio, uma essência trafica? talvez, broxou um pouco, mas fica na cabeça de cada um um final melhor, pois até ali a história para mim foi incrível.
ResponderExcluiruau, é bem por ai... hora da gente começar a pensar e tirar lição das coisas, né? Chega de recebermos tudo mastigado, assim fica fácil pra manipulação.
ExcluirO que ficou de muito ruim foi a não prisão de João. Era pra pelo menos pra aparecer ele atrás das grades
ResponderExcluirAcho que eles só erraram em não mostrar o que houve com , João. Não ficou tão esclarecido.
ResponderExcluirÉ Renata, esse ponto foi crucial. Todos ficamos sem saber o que aconteceu com o puxa-saco do João!
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