Pulsa-me e impulsa a alegria da
simplicidade das coisas... estou voltando pra casa renovado, com uma gana de viver.
O líquido que me reverbera é o milagre de um vôo tranquilo.
Hoje aprendi que posso, quero. É
meu. São apenas frases feitas para agradar pessoas. O que é meu, o que quero e
posso já estão comigo há muito tempo. É só questão de olhar.
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Joice Alves |
Neste instante percebo o valor
das horas. O vôo Cuiabá – Campo Grande leva exatos sessenta minutos. Minutos eternos.
Até parece que estamos voando há dias.
A cada solavanco parece que a
barriga vai colar nas costas. Os pés, as pernas, os braços doem, mas não é uma
dor física. Parece coisa da alma. Não sei explicar.
O medo toma conta do meu ser. É
preciso manter a calma e ter hombridade para, caso morrer, seja como homem
feito. Mas quem disse que eu quero morrer? Eu hein?! Ainda não azucrinei, tanto
assim, meu povo. Ainda quero ter vários "encons" pela frente.
Barulhinho chato essa campainha
da aeromoça, melhor dizendo, comissária de bordo. Minha cabeça dói. Dói tanto
que sinto vontade de gritar... como as pessoas dormem nesse vôo. Estarão os
anjos protegendo-as, ou é apenas o cansaço de uma noite de festa?
Pra casa agora eu vou. Feliz por
andar de avião pela quarta vez no ano. Pela quarta vez sentir borboletas
revoarem na barriga, num vai e vem do umbigo a garganta. Que campainha chata.
Mais uma vez, “pedimos para apertar os cintos, estamos passando por uma área de
instabilidade”... enfim em casa outra vez.
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