DIREITOS AUTORAIS

Algumas imagens que aparecem no blog são retiradas de sites externos. Se você possui os direitos de alguma dela e não quer que apareça neste blog, favor entre em contato, que prontamente será retirada. (Brena Braz)

domingo, 24 de maio de 2020

EU CORRO SIM

Quando eu entrei na casa dos 40 anos, um amigo me disse umas verdades sobre o meu sobrepeso. Chegue a casa dos 90 quilos, muito para um baixinho como eu. Era outubro de 2016 e eu estava saindo de um crise brava na vida amorosa, foram meses de muita cachaça, má alimentação e foi ele quem me disse que naquela idade começava a decadência. 

Nosso encontro foi numa palestra motivacional na Aced-Associação Comercial de Dourados. Então resolvi fazer alguma coisa legal para comemorar a data e tivemos a ideia de começar o treino de corrida noturna. 

No começo duas, três vezes na semana, eu saía do trabalho e seguia para o calçadão do Colégio Imaculada. Por lá ficava cerca de uma hora e meia sentado esperando ele chegar (ele saía do trabalho e ia para academia) corríamos cerca de 2 e 3 quilômetros e fui evoluindo até chegar nos 21 km. 

Quem me conhece sabe de toda essa história, mas resolvi relembrar só mais um pouquinho, pois hoje quero falar das provas que fiz nesse primeiro semestre de 2018. Foram pouquíssimas, dei uma relaxada, machuquei a coluna e por incrível que pareça não foi na corrida e sim, treino mal feito na academia (aquela vontade de ser grande antes do tempo). 

Começo falando da Meia Maratona do Chile, foram meses de expectativas e agendamentos, com a grana curta tive que fazer milagres para conseguir viajar e voltar sem dívidas. Foi uma experiência única. Minha primeira viagem internacional tinha que ser correndo. 

Desta vez optei em me divertir na prova e não corri nada, apenas balancei a bandeira do Brasil quase que o tempo todo. Momentos únicos que somente a corrida me proporciona. Foi nessa prova que percebi que algo não estava legal comigo. Sentia muitas dores na lombar, mas acreditei não ser nada demais. 

De volta ao Brasil, peguei um Uber em São Paulo e o motorista acabou passando em um buraco. Pronto. Gritei de dor e a partir de então estava lesionado. Dias depois travei, fui parar no hospital e nunca mais voltei a academia, mas a dor permanecia me avisando que estava ali e que não tinha hora pra acabar. 

Mesmo com dores e treinos reduzidos participei de várias outras corridas, como a do dia primeiro de maio, estava de plantão e peguei o intervalo fui à Praça Antônio João e corri e voltei feito louco, foram 10 km que não senti dores na hora, mas depois foi um Deus nos acuda. 

Uma semana depois, dia 06 de maio, participei dos 10 Km de Dourados, nessa fiz um tempo bom, era um domingo ensolarado, estava de folga e pude curtir bastante. Mas a dona dor estava lá pra me lembrar da lesão. 

Depois dessa resolvi que era hora de tratamento... Consegui um ortopedista que não disse coisa com coisa. Desisti do moço, pois me recuso acreditar que levar uma vida sedentária seria o suficiente para a cura. Continuei a luta e encontrei um outro ortopedista que me deu uma aula e desde então, a luta está sendo árdua, pois se machucar é super fácil, mas a cura é longa. 

Claro que diante de tudo isso sempre busquei um culpado e também, como diz meu amigo de corrida, potencializei demais os problemas e esqueci de focar nos resultados. Infelizmente nós temos a tendência de jogar a responsabilidade sobre a nossa saúde nos outros. Em Deus, na cidade, na poluição, no trânsito, no estresse. 

Preciso aprender que sou responsável pelo meu próprio bem-estar e encontrar tempo para cuidar do corpo. É uma questão de prioridades.

O exercício só é bom quando ele termina. Durante, é sofrimento. Às vezes você até libera uma endorfina no meio e dá uma sensação boa, mas o prazer mesmo vem quando você acaba