A Cia. Avatz apresenta espetáculo “Nada a declarar, a não ser que chove”, no dia 30 de outubro às 20h no teatro Municipal de Dourados.
“Nada a declarar, a não ser que chove”, foi aprovado pelo
FIC/MS 2103 – Fundo de Investimentos Culturais da Fundação de Cultura do Mato
Grosso do Sul.
O espetáculo é uma fábula sobre o amor na contemporaneidade. A trama tece
umidades e superfícies acerca de uma mulher que ancora sua existência na
descrença do universo amoroso perante a “imediatez” dos dias atuais, enquanto
outros quatro personagens tentam convencê-la do contrário diante de episódios
que remetem ao universo cinematográfico, aos clichês recorrentes, aos estereótipos
e às referências do entorno. Trata-se de tentativas insistentes de mergulhar no
movediço do amor, impedir o desfecho trágico previamente anunciado e fazer
cessar uma chuva insistente que aumenta a cada interrogação revisitada.
PERSONAGENS
Figura central
Mulher comum que divide o seu espaço íntimo com uma
melancia. Nunca amou. Por não saber o que é o amor ou, talvez, porque não tenha
tido tempo. Durante o percurso se mostra silenciada e saturada dos discursos
amorosos e das justificativas contemporâneas. Se mantém alheia à esfera finita
do seu redor (proposta pelos episódios envolvendo os 4 personagens) que tenta a
todo custo lhe mostrar outras versões do percurso, cessar a chuva que aumenta e
driblar a morte anunciada.
Todos os personagens seguem esta mulher buscando demonstrar
o contrário do que o silêncio dela põe em dúvida. Estes personagens transitam
entre o real e o imaginado.
GENE: Traz em si toda uma referência cinematográfica do
amor, principalmente do bailarino protagonista de Dançando de Chuva. Persegue a
mulher tentando reverter a expectativa melancólica com o sapateado e a trilha
sonora dos filmes.
CARLOS: Está mergulhado em uma série de referências sobre o
amor que passeiam por versões e épocas distintas. Passa o percurso espalhando
sua coleção de citações e insistindo no amor como objeto de estudo.
BLUE: Recupera em aparições performáticas o universo clichê,
fazendo clara referência a Roberto CARLOS e suas divagações cobertas de azul.
Recorre ao repertório brega para tentar dimensionar o lado açucarado do amor em
lenços secos demais.
SUPER HOMEM: Homem que transita entre os disfarces de
Superman e Clark Kent. Uma clara referência ao universo sedutor do amor que
esbarra nas próprias superfícies de um homem fragilizado, porém disfarçado de
tudo que o tal amor “requer”.
CHUVA: Cai desde o anúncio da morte da mulher. Aumenta
gradualmente quando o universo, ao invés de ser decifrado, interroga-se mais
ainda.
MELANCIA: Presente em todas as cenas acompanha o percurso de
forma simbólica até o desfecho.
FICHA TÉCNICA
Produção: Cia. Avatz de Teatro
Direção: Gil Esper
Assistência de direção: Ariane Guerra
Elenco: Danilo Raldi, Vinicius Oliveira, Zezinho Martins,
Joisce Dias e Jorge Nilson
Dramaturgia: Marina Viana e Eder Rodrigues
Preparação Vocal e Trilha Sonora: Marcos Chaves
Preparação Corporal: Carla Ávila
Cenografia: Gil Esper
Iluminação: Gil Esper e João Marcos Dadico
Figurino: Paolo Mandatti
Estilo: Murilo Palacio
Arte Gráfica: Danilo Raldi
SERVIÇO
• De 30 de outubro a 03 de novembro
Apresentação do espetáculo “Nada a declarar a não ser que
chove” - Teatro Municipal de Dourados, às 20 horas.
• Dias 31 de outubro e 01 de novembro
Realização de debates sobre o processo de criação do
espetáculo e o processo de trabalho da Cia. Avatz, sempre após as
apresentações.
• Dia 02 de novembro.
Palestra: “A Arte Contemporânea, o Teatro Pós-Dramático e as
Novas Tecnologias”. Teatro Municipal de Dourados, às 17 horas.
• De 12 a 15 de novembro
Realização da oficina “O Teatro-performático e as novas
tecnologias”.
Informações: (67)81161120 – gm_esper@yahoo.com.br
Fotos: Divulgação
texto: release da companhia.