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sexta-feira, 28 de setembro de 2012

A INDISCIPLINA E A ESCOLA ATUAL

Autor: Julio Groppa Aquino
Disciplina: DIDÁTICA
Acadêmico: Gesse André*

Imagem: http://oportaldoprofessor.blogspot.com.br
O texto é uma versão ampliada do roteiro empregado no vídeo-palestra “A indisciplina e a escola atual”, produzido pela FDE/SP, em 1997, e trata o reconhecimento da crise da educação. O indício mais comum dessa crise é que boa parte da população de crianças que ingressam nas escolas não consegue concluir satisfatoriamente sua jornada escolar de oito anos mínimos e obrigatórios. Talvez este seja o maior problema enfrentado pela escola no Brasil nos dias atuais, mostra disso é a colocação mundial do país. E em se tratando de educação, há um comparativo com países que tem índices de retenção e evasão escolares tão baixos, como os africanos, nigerianos e sudaneses. Os problemas enfrentados em sala de aula têm de certa forma, uma relação imediata com essa falta de credibilidade da intervenção escolar e da atuação do educador. Muitos educadores usam o fantasma do fracasso escolar que ronda o país para justificar a figura do aluno-problema. Este que é tomado como aquele que padece de certos supostos distúrbios/psico/pedagógicos, que podem ser de natureza cognitiva ou comportamental que inclui um conjunto de ações, chamados de indisciplinadas. Ao eleger o aluno-problema como um empecilho ou obstáculo para o trabalho pedagógico, a categoria docente corre o risco de cometer um equivoco ético, ou seja, atribuir à clientela escolar a responsabilidade pelas dificuldades e contratempos do trabalho e dos acidentes de percursos. Em contrapartida, o que se busca é uma situação-problema, para resolver a partir das demandas difíceis da clientela. Na própria maneira de entender o fenômeno disciplinar é preciso ter alternativas concretas de administração do problema. Hoje há mais hipóteses que atrapalham do que ajudam. O trabalho do educador é examinar certos argumentos que sustentam tais hipóteses. A primeira delas é que o aluno de hoje em dia é menos respeitador do que o aluno de antes, e que, na verdade, a escola atual teria se tornado permissiva, em comparação ao rigor de antigamente. Outra hipótese é de que as crianças contemporâneas não têm limites, não reconhecem autoridade, e a responsabilidade por isso é dos pais, que teriam se tornados muito permissivos. A curiosidade e a inquietação de crianças e jovens de antigamente eram reprimidas, apagadas do cotidiano escolar, podendo ser encaradas na atualidade como excelentes ingredientes para o trabalho de sala de aula. Por último é de que para os alunos, a sala de aula não é tão atrativa quanto os meios de comunicação. Mas é preciso entender que a escola não é meio de comunicação. Enquanto a mídia tem como função a difusão da informação, a escola tem como objetivo a reapropriação do conhecimento acumulado. O papel do educador é contar histórias das conquistas do pensamento humano. As hipóteses apresentadas acima não se sustentam por completo, pois elas estão apoiadas em evidencias equivocadas e em pseudo-conceitos. Elas acabam isolando a indisciplina como um problema individual e esquivam-se de levar em consideração a sala de aula, a relação aluno-professor e as questões estritamente pedagógicas. Entretanto, há alguns princípios éticos balizadores do trabalho educacional, implícito em quatro elementos básicos: o conhecimento, objeto exclusivo da ação do professor; a relação professor-aluno, que é o núcleo do trabalho pedagógico; a sala de aula, contexto privilegiado para o trabalho, o microcosmo concreto onde a educação escolar acontece de fato e o contrato pedagógico, ou seja, a proposta de que as regras de convivência sejam explicitadas para todos os envolvidos, conhecidas e compartilhadas.

Para aqueles que tem interesse em aprofundar no assunto visite o blog abaixo:


*O Resumo acima foi feito antes da aula do professor Marcos Lúcio. Prometo refazer em breve, mas pelo adiantado do processo está impossível no momento.

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