DIREITOS AUTORAIS

Algumas imagens que aparecem no blog são retiradas de sites externos. Se você possui os direitos de alguma dela e não quer que apareça neste blog, favor entre em contato, que prontamente será retirada. (Brena Braz)

sábado, 18 de janeiro de 2014

AMORES ROUBADOS: PÚBLICO REJEITA FINAL DE MINISSÉRIE

"Eu não quero o teu corpo, eu não quero a tua alma, eu só quero uma parte nesse prazer, a parte que não me pertence..."


DOURADOS/MS: Há tempos uma minissérie não gerava tantos comentários e audiência, como vista em “Amores Roubados”. Quando estreou no dia 06 de janeiro, muitas pessoas estavam grudadas na tela da Globo, mais pela curiosidade sobre o fim do casamento do Cauã com a Grazi do que com a história em si. Misturando ficção com realidade.

Particularmente, o primeiro capítulo me seduziu mais pela fotografia de Walter Carvalho, um cenário belíssimo, cenas impressionantes de ação, diálogos inteligentes, trilha sonora inspiradíssima e pela Dira Paes dando show de sensualidade. Muita gente ficou pasma ao vê-la totalmente despida enquanto o galanteador, Leandro, permanecia vestido com uma camisa vermelha. Falha técnica, ou todo amante usa essa tática pra fugir? Vai saber.

Imagem: TV Globo
A minissérie foi muito boa, extraordinária, prendeu a atenção do público. Mas infelizmente no último capitulo o que se via em todas as redes sociais, foi repulsa pelo desfecho do sommelier. “Começou num gás para terminar sem pé nem cabeça”, disse uma internauta.

Já outro internauta afirma na página da Globo no facebook, que o final foi muito ruim, tudo estava indo bem até a morte do "Jaime". Depois disso, só uma emenda de final, deixando para o telespectador imaginar o que aconteceu com "João", a mãe de Leandro, e como "Isabel" voltou etc.

Vejo que as pessoas querem mesmo pão e circo, no meu ponto de vista “amores roubados”, além de um final patético, criou um, não chamaria de anti-herói, mas um mocinho as avessas que cativou o telespectador e que não estava de corpo presente do meio para o fim, mas o tempo todo estava lá, cada suspiro, cada suor derramado, lá estava nosso galã se fazendo presente.

Imagem: TV Globo
Os autores, George Moura, Sérgio Goldenberg, Flávio Araújo e Teresa Frota, supervisionados por Maria Adelaide Amaral, fizeram uma forte releitura de um clássico do início do século passado, a emparedada da rua nova. 

No livro Carneiro Vilela deixa visível a frágil presença da autoridade pública na regulação da vida civil. Na telinha vimos aquele sujeito que dita regra porque tem dinheiro. Mostrou-nos o preconceito contra as mulheres que mesmo com tanto luxo, necessita de carinho, atenção e independência.

Infelizmente a minissérie não foi concebida para o grande público, que deseja qualidade, mas com “estórias” tipo água com açúcar, com desfechos claros, sem incógnitas, que dê prazer sem esforço. Nesse trabalho os autores, fizeram o telespectador pensar. É assim com os livros. A gente lê e faz uma analogia com a vida real.

Essa é uma história, praticamente desconhecida da nova geração, o romance de Carneiro Vilela, baseia-se numa lenda urbana centenária no Recife, a da jovem desonrada, que foi emparedada viva pelo pai, e serviu de desculpa para descortinar uma sociedade rígida, hierárquica e hipócrita nos meados do século XIX.

Entretanto, mesmo com um fim indesejado por muitos, nada apaga o inspirado trabalho de todos os envolvidos, principalmente da belíssima direção de José Luiz Villamarim que deu vida  a um história rica de elementos que nos faz pensar, que o amor e o ódio estão separados por uma linha tênue da normatividade de uma sociedade hipócrita.

5 comentários:

  1. tecnicamente, foi ultra real, melhor trabalho da globo, a história foi foda, fique com medo de um final aparecer o Leandro vivo surpreendendo a todos e tals, acho que só faltou poesia nesse ultimo episódio, uma essência trafica? talvez, broxou um pouco, mas fica na cabeça de cada um um final melhor, pois até ali a história para mim foi incrível.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. uau, é bem por ai... hora da gente começar a pensar e tirar lição das coisas, né? Chega de recebermos tudo mastigado, assim fica fácil pra manipulação.

      Excluir
  2. O que ficou de muito ruim foi a não prisão de João. Era pra pelo menos pra aparecer ele atrás das grades

    ResponderExcluir
  3. Acho que eles só erraram em não mostrar o que houve com , João. Não ficou tão esclarecido.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. É Renata, esse ponto foi crucial. Todos ficamos sem saber o que aconteceu com o puxa-saco do João!

      Excluir

Este blog é exclusivo para troca de ideias e só você é o responsável pelos comentários postados!